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A igreja e a síndrome dos números


Geralmente tem uma pergunta certa que a maioria dos pastores fazem para os seus colegas: Quantos membros tem a sua igreja? E quase sempre a resposta será usada como critério para medir o êxito, a influência e o fruto daquele ministério. E na maioria das vezes a conversa sobre tal igreja para por aí. Não é comum se fazer perguntas como essas: Como é o relacionamento da sua igreja com Deus? Como é a comunhão e a amizade entre as pessoas da sua igreja? Como a sua igreja está crescendo no seu amor por Jesus e pelas pessoas? Como está ministrando aos pobres, aos necessitados e aos povos que ainda não sabem a respeito do Evangelho?


Hoje em dia a igreja é medida assim porque vivemos uma síndrome dos números que nos impõe que a quantidade de pessoas é o ponto principal para medir o nosso êxito. Mas se isso é verdadeiro, precisamos refletir. Por exemplo. Moisés nos conta que liderou por quarenta anos mais de 3 milhões de israelitas em pleno deserto. E o livro de Atos dos Apóstolos nos conta que Jesus após seus anos de ministério, sua morte, ressurreição e ascensão deixou quase cento e vinte seguidores que se reuniram em Jerusalém para esperar o Espírito Santo. E quem é maior Jesus ou Moisés? Se usarmos a síndrome dos números para medirmos os ministérios de Jesus e Moisés o que vamos concluir?


A maneira de Deus nos medir não é a mesma que os homens usam. Deus tem outra medida, outra maneira de pensar. Por exemplo, como Deus mede a nossa adoração? O que é mais importante a quantidade de vozes ou a profundidade, a entrega e a devoção daqueles que estão adorando. O homem olha a aparência, Deus vê o coração. É verdade, Deus quer salvar a todos e encher a sua casa de filhos e filhas, e nós devemos fazer tudo que precisamos para ver Deus alcançar as multidões, mas jamais Ele desejou que vivêssemos sob a tirania de uma síndrome de números e de uma ditadura da quantidade.


Se você investir tempo em meditar vai descobrir na Bíblia o número mais importante para Deus. É o número um. Uma pessoa. Uma vida. Uma alma. "Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento." (Lucas 15:7) Jesus ensinou isso logo após contar a parábola de uma ovelha perdida. Em seguida contou a parábola de uma dracma perdida e depois a história de um filho perdido. Jesus colocou para nós a perspectiva certa, nos revelou o coração do Pai e nos libertou da síndrome e da ditadura dos números.


Jesus também disse: "Acautelai-vos e guardai-vos da avareza, porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui. (Lucas 12;15) Para nos ajudar a sermos libertos: Acautelai-vos e guardai-vos da síndrome dos números porque a vida de qualquer pastor não consiste na abundância das ovelhas que possui.


 
 
 

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​Não importa em qual ponto da jornada você se encontra, Deus tem vida abundante para você.

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